quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Céu colorido junto ao mar

"Sentia-me agora outra vez calmo. Estava estafado e deixei-me cair sobre a cama. Julgo que dormi, pois acordei com estrelas sobre o rosto, Subiam até mim ruidos campesinos. Aromas de noite, de terra e de sol refrescavam-me as t~emporas. A paz maravilhosa deste Verão adormecido entrava em mim como uma maré. Neste momento, e no limite da noite, soaram apitos. Anunciavam possivelmente partidas para um mundo que me era para sempre indiferente. Pela primeira vez, há muito tempo, pensei na minha mãe. Julguei ter compreendido porque é que , no fim de uma vida arranjara um "noivo", porque é que fingira recomeçar. Também lá, em redor desse asilo onde as vidas se apagavam, a noite era como uma treva melancólica. Tão perto da morte, a minha mãe deve ter-se sentido libertada e pronta a tudo reviver. Ninguém, ninguém tinha o direito de chorar sobre ela. Também eu me sinto pronto a tudo reviver. Como se esta cólera me tivesse limpo do mal, esvaziado da esperança, diante desta noite carregada de sinais e de estrelas, eu abria-me pela primeira vez à terna indiferença do Mundo. Por o sentir tão parecido comigo, tão fraternal, senti que fora feliz e que ainda o era. Para que tudo ficasse consumado, para que me sentisse menos só, faltava-me desejar que houvesse muito público no dia da minha execução e que os espetadores me recebessem com gritos de ódio."
         retirado de "O Estrangeiro" de Albert Camus

Céu colorido junto ao mar
Técnica mista / 38x26cm / pra venda

Coisas sem importância

"Perguntou-me depois se eu não gostava de uma mudança de vida. Respondi que nunca se muda de vida, que em todos os casos, todas as vidas se equivaliam e que a minha, aqui, não me desagradava. Mostrou um ar descontente, disse que eu respondia sempre à margem das questões, e que não tinha ambição, o que para os negócios era desastroso. Voltei para o meu trabalho. Teria preferido não o descontentar, mas não via razão nenhuma para modificar a minha vida. Pensando bem, não era infeliz. Quando era estudante, alimentara muitas ambições desse género. Mas quando abandonei os estudos, compreendi muito depressa que essas coisas não tinham verdadeira importância."
           retirado de "O Estrangeiro" de Albert Camus

No meio do preto
Acrilico s/ papel / 25x16cm / pra venda

Qualquer coisa pró cinzento
Acrilico s/ papel / 46x29cm / pra venda

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Há mais para ver

"Ao aceitar a possibilidade de que é possível aprender a ver como um cego..., estamos a reconhecer que vemos mal, ou melhor, que há outras formas de ver. Que é como quem diz : há mais para ver."
                                                                                                       José Eduardo Agualusa

Há mais para ver
Oleo s/ papel / 38x26cm / pra venda
                            

A floresta

"A floresta estava agitada.
 Naquela  floresta havia sempre um murmúrio, um murmúrio regular, surdo como o eco de sinos longínquos, tranquilo e vago, como uma suave romança sem palavras, como uma recordação do passado. Aquela floresta estava sempre cheia de murmúrios, porque era muito velha e nunca tinha sido violada pelo machado dos lenhadores. Os altos pinheiros seculares erguiam os seus troncos vermelhos, como um exército sombrio, cerrando as copas verdes em espessas abóbodas.
 Debaixo destas, tudo era calmo e cheirava a resina. Através do tapete de agulhas verdes, que cobria a terra, cresciam grandes fetos fantásticos, completamente imóveis. Nasciam ervas nos sítios húmido. Florinhas humildes vergavam de cansadas as suas pesadas cabecitas. Mas nos cimos ouvia-se, incessantemente, sem interrupção, a selva a murmurar, soltando suspiros dolorosos."
  retirado de "Contos.Os Murmúrios da floresta" por Korolenko

A floresta
Oleo s/ papel / 23x33cm / pra venda

A selva

"O ar morno daquela tarde parecia sufocar a gente. Na boca da noite, entretanto, soprou fresco o noroeste, trazendo até nós um cheiro gostoso de terra, de folhas verdes e flores silvestres. Era um cheiro conhecido, que parecia vir de longe, de muito longe, lá daqueles lados onde a mataria invadia tudo, grande, poderosa e dominadora, como a esconder sob o manto verde os seus perigos e mistérios... Sim, ele vinha daqueles sertões onde tantos tinham ido em busca dos Martírios, cada vez mais inatingiveis...(...)
         

A selva
Técnica mista / 24x16cm / pra venda



(....) Acreditem ou não, sentiamos saudades daqueles dias de aventura sob o tecto das florestas, ou das caminhadas através dos descampados, ou dos momentos de tédio quando a nossa pequena canoa deslizava sobre as águas preguiçosas..."
           retirado de "O bugre do chapéu de anta" de Francisco Marins

domingo, 11 de dezembro de 2011

Flores

"The venerable cat stated,"Because there is an ego, there is also an enemy. When the ego no longer exists, there is no more enemy. If you stick a word on things, if you enclose things in fixed and artificial forms, they appear to exist in opposition. Male opposes female, fire opposes water. But when there is no judgment within your mind, no conflict of opposites can take place. There is no longer either an ego or an enemy. When the intellect has been surpassed, you get a taste of the state of absolute "nonaction", you are in serene harmony with the universe. You no longer have to choose between true or false, pleasing or displeasing. You are free of the dualistic world manufactured by your intellect."
         retirado de "Martial Arts Teaching Tales of Power and Paradox" de Pascal Fauliot

Flores
Oleo s/ papel / 28x19cm / pra venda

silentium mysticum

"In the medition of the great religions one makes progress by going beyond thought, beyond concepts, beyond images, beyond reasoning, thus entering a deeper state of consciousness or enhanced awareness that is characterized by profound silence. This is the silentium mysticum."
           from "Silent Music" de William Johnston

silentium mysticum
Oleo s/ papel / 32x24cm / pra venda

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

The deepest secret

"The deepest secret is that life is not a process of discovery, but a process of creation.
You are not discovering yourself, but creating yourself anew. Seek, therefore, not to find out WhoYou Are, seek to determine Who You Want to Be."
     from "Conversations with God" de Neale Donald Walsch

Quatro olhares

Listen to your feelings

"Listen to your feelings. Listen to your Highest Thoughts. Listen to your experience. Whenever any one of these differ from what you´ve been told by your teachers, or read in your books, forget the words. Words are the least reliable purveyor of Truth."
            from "Conversations with God" de Neale Donald Walsch

Pensamentos rosas
Aguarela s/ papel / 58x39cm / pra venda

The point of life

"The point of life is not to get anywhere - it is to notice that you are, and have always been, already there. You are, always and forever, in the moment of pure creation.
The point of life is therefore to create - who and what you are, and then to experience that"
         from "Conversations with God" de Neale Donald Walsch


Três traços vermelhos sobre azul
Acrilico s/ papel / 57x38cm / pra venda

The rock

"True Reality is the essence, the energy, that works through and sustains all things. It is this essence that gives everything its completeness. Even non-organic matter has its own essence. It has its own particular energy frequency and configuration, and it depends upon that frequency and configuration to maintain its existence as a particular thing. For example, if someone dramatically altered the energy configuration (atomic structure) of a piece of rock, the rock would no longer be the exact same piece of rock ."
 from "Spiritual Journeys" de Michael Connolly


A pedra
Oleo s/ papel / 70x50cm / pra venda
        

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Vermelho, azul, amarelo.

"O ideal é aprender a não pensar. Que bom seria se eu aprendesse a não pensar..., a viver como quem está sentado no cinema, seguindo imagens que se associam por si, sem ter de as ligar umas às outras."
              retirado de "Angustia para o jantar" de Luis de  Sttau Monteiro

Azul, verde , amarelo e laranja no preto
Acrilico s/ papel / 50x35cm / pra venda

Vermelho, azul, amarelo no cinzento
Técnica mista / 24x18cm / pra venda

Vermelho, azul, amarelo e outras
Oleo s/ papel / 21x29cm / pra venda

Cores do futuro

"Tenho, às vezes, saudades do futuro,
Como se ele já fora decorrido...
Um sentimento escuro
De quem, antes da vida, houvesse já vivido."
                                                                               Teixeira de Pascoaes

Cores do futuro 1
Pastel s/ papel / 41x29cm / pra venda

Cores do futuro 2
Pastel s/ papel / 41x29cm / pra venda

Cores do futuro
Pastel s/ papel / 41x29cm / pra venda

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

A verdade como o silêncio existe apenas onde não estou

"A verdade como o silêncio existe apenas onde não estou. O silêncio existe por trás das palavras que se animam no meu interior, que se combatem, se destroem e que, nessa luta, abrem rasgões de sangue dentro de mim. Quando penso, o silêncio existe fora daquilo que penso. Quando paro de pensar e me fixo, por exemplo, nas ruínas de uma casa, há vento que agita as pedras abandonadas desse lugar, há vento que traz sons distantes e, então, o silêncio existe nos meus pensamentos. Intocado e intocável. Quando volto aos meus pensamentos, o silêncio regressa a essa casa morta. É também aí, nessa ausência de mim, que existe a verdade."         retirado de "Cemitério de Pianos" de José Luis Peixoto

Traços pretos com manchas amarelas
Guache s/ papel / 14x10cm / vendido

O azul dos lados
Guache s/ papel / 14x10cm / vendido


...corro, o mais depressa que consigo.

não sei
Técnica mista / 42x29cm / pra venda


"o mais depressa que consigo, como se fugisse daquilo que mais me assusta, como se fosse possível fugir daquilo que levo no interior da minha pele e vai comigo para todos os lugares, corro...


o mais depressa que consigo, como se pudesse deixar-me para trás, como se pudesse correr tão depressa que, num momento, me soltasse de mim e me deixasse a mim próprio para trás, como se avançasse para fora do meu corpo e, através da velocidade, me purificasse, corro"
                                                        retirado de  "Cemitério de Pianos" de José Luis Peixoto

Movimento azul
Aguarela s/ papel / 47x33cm / pra venda






domingo, 27 de novembro de 2011

Saudades

"No inverno, quando a gente se põe a olhar para um grão de areia, mal um grãozinho pequenino de areia, somos bem capazes de ver lá o mundo inteiro. Está lá tudo, o campo, os sobreiros, as casas todas da vila. Até lá está o meu amor. Ai, o meu amor."  de "Cal" de José Luis Peixoto

Saudades
Técnica mista / 50x70cm / pra venda



A nossa cara ao espelho

"E um dia a gente já quase que não conhece a nossa cara no espelho no lavatório. É nesse dia, é nessa hora que começa o outono."    de "cal " de José Luis Peixoto

Cara de papel 1
Técnica mista / 30x21cm / pra venda

Cara de papel 2
Técnica mista / 21x29cm / pra venda

Máscara de nariz grande
Acrilico s/ papel / 21x28cm / pra venda

A gente não existe

"Eu sei lá. Às vezes, até me parece que isto tudo, a Olga, a gente, eu, vossemecê, é tudo uma espécie de sonho. Só a aparência. A gente não existe, nada, apenas temos essa ilusão. Por isso, que diferença faz?"
  retirado de "Cal" de José Luis Peixoto

Ilusão
Acrilico s/ papel / 18x25cm / pra venda

Todos juntos
Acrilico s/ tela / 30x24cm / pra venda

Marlena

"A Marlena é uma mulher bonita, um bocadinho gorda e com poucos dentesjá, mas bonita, com um cabelo pintado de loiro e umas saias sempre curtas e justas. Conheço-a porque um dia, quando fiz vinte anos, o meu pai apareceu com ela lá em casa e disse para irmos os dois para o quarto dele. Na cama onde agora  ele está deitado a fazer assim um silêncio e um cheiro esquisito ela ensinou-me a tirar a roupa toda e a pô-la outra vez."      "Assobiar em público" de Jacinto Lucas Pires

Marlena
Técnica mista / 40x52cm / pra venda

Ligaduras sujas

"Há dois dias e duas noites o meu pai, bem, deixou de abrir os olhos e fechá-los e piscar só um com um sorriso assim estranho como se estivesse a partilhar comigo uma coisa qualquer engraçada que não precisava de palavras, por exemplo se passava uma mulher muito gorda lá fora ou se o vento vinha e entortava os guarda-chuvas dos homens de fato e gravata, e deixou de fumar e de calçar e descalçar as botas grossas e deixou também de se levantar da cama e ir pôr-se de pé parado junto à janela a olhar com olhos claros, nunca percebi se azuis se verdes, a estrada, os automóveis, as pessoas, o lixo que voa, bem, deixou de fazer muitas coisas, quase tudo pra dizer a verdade, passou a ficar só deitado no quarto dele, virado para o tecto mas de pálpebras cerradas, um pai magro e nu sobre a colcha já um bocado para o velhota, a fazer só assim um silêncio e um cheiro a intestinos e suor ou não bem isto mas não muito diferente disto."   retirado de "Assobiar em público" de Jacinto Lucas Pires

Ligaduras sujas
Técnica mista / 38x48cm / pra venda

Um mundo melhor

" (...) "Um mundo em que amássemos as pessoas e pronto", diz. "Andávamos nas cidades e dávamos o amor que tinhamos a dar e recebiamos também, tudo o que fosse toque e desejo e coisas anti-morte.(...) Apenas mais direto, mais honesto, mais transparente.(...) Amavas um homem, uma mulher, e misturavas-te com ela, com ele, e vice versa, claro, era isso que era esperado de ti, de todos. Uma sociedade de regras mais humanas e justas - no sentido de mais justas ao corpo. Hã." (...)

O vermelho, o verde, o azul, o amarelo e as outras
Oleo s/ papel / 45x32cm / vendido


(...) "Seriamos multidões todas trocadas, sempre em mutações imprevisíveis, impressionantes, multidões imparáveis atravessando as cidades do mundo com cada vez mais futuro à medida que íamos progredindo. Gente louca talvez, mas quem sabe se louca de felicidade. Feliz de morrer, quem sabe."
                                  retirado de "Assobiar em público" de Jacinto Lucas Pires

Dançando à beira mar
Guache s/ papel / 29x20cm / pra venda

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Debaixo de água

           (...) "A verdade é que passei a vida a fugir, de cidade em
cidade, com um sussurro cortante nos lábios.
            e atravessei cidades e ruas sem nome, estradas, pon-
tes que ligam uma treva a outra treva.
             caminho como sempre caminhei, dentro de mim -
rasgando paisagens, sulcando mares, devorando imagens. (...)"

                                                                   retirado de "Horto de Incêndio" de Al Berto

Debaixo de água
Técnica mista / 54x36cm / pra venda



O inicio do fim

"Esta forma de viver
É das mais tristes do mundo
Porque nasci p´ra morrer
Com um desgosto profundo.

Como a vida é tão injusta
é só trabalho e sofrer.
É por isso que me custa
esta forma de viver.

Se me ponho a meditar,
muitas vezes me confundo.
Esta vida de enganar
é das mais tristes do mundo.

Se jamais eu tiver sorte
ou o azar me vencer,
não terei medo da morte
porque nasci p´ra morrer.

Jamais poderei esquecer
quando encaro a vida a fundo,
que deixarei de viver
com um desgosto profundo.

José Salgueiro

O inicio do fim
Técnica mista / 60x42cm / pra venda

Preso nas cordas

"Por que razão deverá uma pessoa trabalhar? É nesta interrogação oriental que se alicerça a obra de Cossery. O que caracteriza todas as suas personagens é a alegria de não terem ambições. "Toda a minha vida frequentei pessoas a que aqui chamam marginais, mas que, para mim, são os unicos verdadeiros aristocratas. O mundo é uma falsa realidade instaurada pelos ricos desde há milhares de anos. Quando uma pessoa compra um carro, torna-se escrava, declara-se prisioneira. Para mim, que nada tenho, a vida é simples" - Albert Cossery numa entrevista

Preso nas cordas
Técnica mista / 20x29cm / vendido



O alentejo

"O que mais há na terra, é paisagem. Por muito que do resto lhe falte, a paisagem sempre sobrou, abundancia que só por milagre infatigável se explica, porquanto a paisagem é sem dúvida anterior ao homem, e apesar disso, de tanto existir, não se acabou ainda. Será porque constantemente muda: tem épocas no ano em que o chão é verde, outras amarelo, e depois castanho, ou negro. E também vermelho, em lugares, que é cor de barro ou sangue sangrado. Mas isso depende do que no chão se plantou e cultiva, ou ainda não, ou não já, ou do que por simples natureza nasceu, sem mão de gente, e só vem a morrer porque chegou o seu último fim. Não é tal o caso do trigo, que ainda com alguma vida é cortado. Nem do sobreiro, que vivíssimo, embora por sua gravidade o não pareça, se lhe arranca a pele. Aos gritos."
                                         retirado de "Levantado do Chão" de José Saramago

Casa no Alentejo
Aguarela s/ papel / 14x9cm / pra venda

Paisagens Alentejanas
Aguarela s/ papel / 50x36cm / pra venda


"Do chão sabemos que se levantam as searas e as árvores, levantam-se os animais que correm os campos ou voam por cima deles, levantam-se os homens e as suas esperanças. Também do chão pode levantar-se um livro, como uma espiga de trigo ou uma flor brava. Ou uma ave. Ou uma bandeira. Enfim, cá estou eu outra vez a sonhar. Como os homens a quem me dirijo."

O campo de trigo
Oleo s/ papel / 24x30cm / pra venda

A artista de cinema

"Não escrevo romances para contar uma história. A história está lá para que eu possa dizer o que penso, pois sou um escritor e não um romancista. As personagens existem para exprimir as minhas ideias. Normalmente são pessoas que conheci e que pensam como eu sobre o mundo, sobre a vida. Plenos de amor, os meus livros não contam todavia uma história de amor entre um homem e uma mulher; não acredito nessas histórias. É por isso que nunca vou ao cinema..." - extrato duma entrevista de Albert Cossery

A artista de cinema
Técnica mista / 29x18cm / pra venda

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

People are strange

"As pessoas são estranhas quando nós o somos,
feias são as caras quando nos vemos só.
Toda a mulher que nos rejeita nos parece perversa,
as ruas são tortuosas quando estamos em baixo.
Quando nos sentimos estranhos, surgem-nos caras através da chuva,
quando nos sentimos estranhos, ninguém se lembra do nosso nome,
quando nos sentimos estranhos, quando nos sentimos estranhos,

quando nos sentimos estranhos."

Jim Morrison

Metamorfose
Pastel s/ papel / 21x29cm / pra venda

Paranóia
Pastel s/ papel / 29x21cm / pra venda



Quero desaparecer

"Sentia-se cada vez pior. Agora nem a cabeça sustinha de pé. Por isso encostou-a ao chão, devagar. E assim ficou, estendido e bambo, à espera. Tinha-se despedido já de todos. Nada mais lhe restava sobre a terra senão morrer calmo e digno, como outros haviam feito a seu lado. É claro que escusava de sonhar com um enterro bonito, igual a muitos que vira, dentro dum caixão de galões amarelos, acompanhado pelo povo em peso... Isso era só para gente, rica ou pobre. Ele teria apenas uma triste cova no quintal, debaixo da figueira lampa, o cemitério dos cães e dos gatos da casa..." - retirado dos Bichos de Miguel Torga

Quero desaparecer
Técnica mista / 21x29cm / pra venda

Conflito interior

"Existe tudo. Tento assumir permanentemente o erro e a indecisão, a duvida constante. Procuro fazer isso pois também faz com que a visão das coisas possa evoluir. Nesse sentido, o conflito interior é e será sempre essencial." - Bernardo Sassetti

Caos
Técnica mista / 27x18cm / pra venda

Confusão
Técnica mista / 18x26cm / pra venda

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Contemplação

"A foto que eu idealizei foi de uma pessoa em cima de uma falésia, olhando, deslumbrada e pensativa, a grandeza, a força e a maravilha que é o mar." - José Manuel Cabral, falando do que seria a sua fotografia que gostaria de tirar caso pudesse ver.

Contemplação
Técnica mista s/ tela / 41x30cm / pra venda

terça-feira, 22 de novembro de 2011

A arte é igual a tudo

"A arte é igual a tudo. A arte não tem diferença. Eu sei que deve achar muito estranho tudo isto que eu estou a dizer porque eu sou um bocado radical. Mas eu julgo que a arte é a vida, a arte não tem nada de especial... A arte faz-se. Faz-se no dia a dia, faz-se a pôr a mesa, faz-se a cozinhar, ao arrumar. Tudo aquilo que nós fazemos é... devia ser feito de uma forma artistica. Porque é criativa , porque leva imaginação, porque todos os dias é diferente." - Maria João Pires

A àrvore
Técnica mista / 14x21cm / pra venda
Mas o que é isto?
Acrilico s/ papel / 57x38cm / pra venda

"A arte está nos olhos de quem a vê, as histórias dos quadros são aquelas de quem nelas se revê", ou não.

Em queda livre para lá chegares

"Sabes como se atinge a sabedoria?
Não penses, estás a distanciar-te. O pensamento corrompe-te.
Só lá chegarás quando te esqueceres de ti.

O avião em queda livre
Pastel s/ papel / 17x19cm / pra venda

Pinto como uma criança curiosa

"Pinto sem ideias preconcebidas. Pinto cores, imagens, simbolos, sons, paisagens, silêncios, e tudo isto me leva a algum lado, não sei bem onde, à minha infancia, ao meu eu, não sei bem.
É como ir andar prá montanha, vai-se sem ideias, vazio, e no encontro com a beleza com a montanha, sentimo-nos cheios, inspirados, em paz conosco e com os outros. Vai-se vivendo, absorvendo experiencias, vivendo como uma criança curiosa e desperta."

A estrada pró castelo
Pastel s/ papel / 21x14cm / pra venda

Em direção ao Sol
Pastel s/ papel / 28x20cm / pra venda

O castelo
Pastel s/ papel / 14x21cm / pra venda